Casa Pátio

Tipo: Construção de habitação unifamiliar
Cliente: Privado
Localização: Aveiro, Portugal
Estado: Em construção
Autor do Projeto: Maria Fradinho
Equipa: Sara Garcia

Data de Projeto: 2022 – 2023
Data de Construção: 2024 – a decorrer
Área do Terreno: 1414 m2
Área de Implantação: 146 m2
Área Bruta de Construção: 304 m2
Artista 3D: Tiago Vieira da Silva

A Casa Pátio localiza-se nos arredores da cidade de Aveiro num terreno com 20m de frente, forma regular e morfologia plana.
A nível conceptual desenha-se um volume longitudinal, uma solução que responde às restrições associadas às características do lote (estreito e comprido) e conseguinte distribuição programática. A casa implanta-se de forma a garantir um logradouro lateral mais generoso, que assegure a devida exposição solar à área comum do piso térreo.

Este pátio desenha-se em conformidade com a distribuição programática para aproveitamento e integração dos seus benefícios – o prazer estético, o usufruto da melhor exposição solar e a ampliação do espaço social para o exterior. Provoca uma boa experiência sensorial e perceptiva.
A nível programático, no piso 1 desenvolvem-se as áreas comuns, que se relacionam com o pátio, e acrescenta-se um quarto para convidados que forma uma volumetria em “L”. Essa extensão e a vedação feita por perfis metálicos protegem a área do pátio, tornando-o íntimo. A garagem é um espaço polivalente cuja versatilidade e funcionalidade permitem ampliar o espaço da sala. No piso 2 desenvolvem-se os espaços privados, como uma suíte, um closet, dois quartos e um escritório. Os espaços interiores desenham-se garantindo uma espacialidade arquitectónica fluída e bem articulada.

A imagem do edifício é conseguida pelo jogo elegante entre a solidez da forma e os elementos leves, como a construção de duas pérgulas de ensombramento que ligam o edifício às estremas norte e sul. A conformidade da materialidade, tonalidade e ritmo adquiridos pelas lâminas verticais criam continuidade e uniformização da linguagem arquitectónica entre os diferentes elementos.
Adicionam-se pérgulas, vedações e guardas que surgem da necessidade programática, conferem uma barreira física e visual quando necessário e privacidade aos espaços. As lâminas verticais permitem integrar vegetação, como trepadeiras, incorporando os benefícios da natureza à composição formal do objecto de arquitectura.

Todo o edifício materializa-se num tom champanhe, tanto nos paramentos como nos elementos metálicos.

Desenha-se uma entrada emblemática de acesso simultaneamente pedonal e automóvel. Este enquadramento confere dramatismo à fachada frontal e é conseguido pelo recuo do volume inferior, resultando numa cobertura/pátio no espaço de entrada. Assim, desenham-se dois estacionamentos cobertos, um exterior e outro interior, incorporando-os ao edifício.
A fachada posterior é totalmente envidraçada no piso 2. Já no piso 1 admite uma parte envidraçada no volume do quarto dos convidados e a restante é opaca e rematada pelas lâminas verticais.
A fachada frontal é envidraçada no piso 2, sendo recuada pelo pátio exterior e rematada por lâminas verticais, tornando os espaços mais cómodos e discretos ao arruamento. No piso 1 é opaca, com um portão de garagem e a porta de entrada revestidos a chapa perfis metálicos adoçados.